sábado, 4 de julho de 2009

Foi assim, como que a modos... eu sei lá...:D

Estava eu atarefada, com os meus afazeres profissionais, com cliente chato daqui, cliente chato dali, quando olho e ELE estava lá...
Infelizmente foi um colega que o atendeu...:(
No final ainda perguntei ao M. se ele sabia quem tinha acabado de atender, e a resposta foi...não! (Pff, cambada de incultos),

Mas eu nem queria acreditar, o maior génio da música portuguesa, com quem eu jamais me imaginaria a cruzar, assim... ali, ao pé de mim. Fiquei sem reacção, sem ar, nem sabia como reagir. Ele transborda simpatia, simplicidade. E não é nada daqueles clientes chatos, com a mania de que é vedeta. Ele é fantástico, a sério.

E eu que nem coragem de lhe pedir um autógrafo tive.

De qualquer forma, as compras que adquiriu fazem prever um retorno um dia destes, já que parece que tem casa por estes lados...;)

8 comentários:

Cor do Sol disse...

Ó... a sériiio?!

O meu post de hoje é sobre ele. Olha a coincidência :)

Pronúncia disse...

Vê lá se da próxima não ficas paralisada... ;)

C.C. disse...

O não sei quê Carreira????????????????????????????

LOL

entremares disse...

Não jogava, mas era viciado no jogo. Nunca entrara num casino, nunca jogara em jogos de fortuna ou azar, nunca jogara às cartas e que se lembrasse, esperimentara uma única vez uma partida de dados e outra de dominó, num banco de jardim.
Mas era viciado no jogo. No seu jogo.
Precisava de decidir se devia ou não telefonar.
Levou a mão ao bolso e de lá retirou uma moeda, já bastante polida pelo roçar da ganga dos bolsos. Num gesto maquinal, lançou-a ao ar e apanhou-a na sua curva descendente, projectando-a contra as costas da outra mão. Só então a destapou – Cara.
- Pronto, está decidido, está decidido – resmungou entre dentes – vamos lá telefonar-lhe antes que me arrependa...
Pegou no telemóvel e marcou o número.
- Maria ... sou eu ... sim, está tudo bem... contigo também ? Óptimo, óptimo... olha, é o seguinte... eu, isto é, nós ... eu precisava de ter uma conversa contigo, se pudesse ser... sim... claro, agora ? Isto é ... assim, já ? ... Tens a certeza... não tens mesmo nada que fazer ? ... vê lá...
Uns minutos depois, já não podia voltar atrás.
- Ainda iria a tempo, se lhe telefonasse novamente, a adiar – continuou a gemer, sem convicção – e se eu lhe ligasse novamente ?
Atirou novamente a moeda ao ar, voltou a apanhá-la e a atirá-la sobre as costas da outra mão – Coroa .
- Pronto, está bem, não telefono – e apressou o passo, enquanto guardava de novo a moeda no bolso.
A moeda decidira, estava decidido.
Era esse o seu vício, era esse o seu jogo. Aquela moeda ditava-lhe o destino, aquela moeda tinha sempre a resposta a todas as suas perguntas, e as respostas eram sempre claras, bastava uma simples Cara ou Coroa, um sim ou um não... e estava tudo decidido. Porquê complicar as coisas, quando tudo podia ser decidido de uma forma tão simples ?
Havia decisões complicadas, é certo. Mas acreditava firmemente que, se explicasse correctamente as situações à moeda, esta lhe daria sempre a resposta mais correcta. E até agora, sempre funcionara assim.
Hoje era um desses dias, e uma dessas situações, uma situação complicada. Aliás, sempre que o assunto envolvia o sexo oposto, as situações eram, por norma, complicadas.
O certo é que estava num beco sem saída, entre a espada e a parede. Não podia protelar mais a situação, dissera-lhe ela.
- Que diabos, porque terão sempre as mulheres tanta pressa em tudo ? – ouviu-se a si mesmo a murmurar, enquanto caminhava – não me posso precipitar, não me posso precipitar...
Mas o tempo urgia. E ela fora peremptória, quando lhe apontara o dedo aos olhos e o encostara à parede – Não, não te vou dar nem mais um dia. Ou te decides e juntamos os trapinhos, agora... ou fazes as tuas malas e vais visitar a tua maezinha... para sempre.
Ora, bem vistas as coisas, ir visitar a sua mãe assim com um carácter tão... permanente, não lhe agradava nem um pouquinho. Mas juntar os trapinhos assim, de repente, ( estava a ser injusto, cinco anos não eram bem de repente, mas pronto ) ... parecia um pouco... precipitado...
A verdade é que sempre fora demasiado indeciso, e nisso ela tinha razão. Ela é que indagara junto aos seus colegas o seu nome, ela é que o convidara para uma primeira saída ao cinema, ela é que o desafiara a passar um fim de semana a fazer campismo e mais um punhado de coisas boas que lhe tinham acontecido e que, com toda a certeza, não teriam existido se ela não tivesse tomado a iniciativa.
E ela... bem, ela era ELA.

(continua...)

entremares disse...

(...continuação)

Claro que tinha atirado a moeda ao ar, quando perguntou a si mesmo se estava apaixonado, e é verdade que ficou bastante aliviado quando a moeda lhe respondeu Cara ( a moeda acertava sempre ). Claro que também atirou a moeda ao ar, antes de lhe propôr algumas coisas, durante aquele fim de semana de campistas, e ainda ficou mais aliviado nessa altura, por a moeda também lhe ter respondido Cara.
E agora ?
Sem dar por isso, chegara junto ao apartamento dela. A luz da sala estava acesa, conseguia-lhe ver a sombra projectada nos cortinados, enquanto se deslocava de um lado para o outro.
Chegara a hora da verdade, não havia volta a dar.
Levou novamente a mão ao bolso e retirou a sua preciosa moeda.
Mentalmente, formulou a sua pergunta. Aceitaria qualquer resposta, porque a moeda saberia sempre aconselhá-lo.
Atirou a moeda ao ar e decidiu deixá-la cair no chão, ao invés de a apanhar em pleno voo, como sempre fazia.
A moeda rodopiou, volteando sobre si mesma, uma, duas, três, quatro vezes...
Bateu no empedrado do passeio e escorregou uns centímetros, voltou a subir e novamente descer, tilintando.
Continuou a rodopiar, apoiada na aresta, indecisa em pousar a cara ou a coroa no chão frio. Perdeu velocidade e o som foi-se extinguindo até se imobilizar, na perfeita posição em que caíra, sobre a própria aresta.
De repente, o mundo parou.
Ficou a vê-la, atónito. Onde estava a sua resposta ? Era aquela a sua resposta ?
Passou a mão pelos cabelos, num tique nervoso já antigo.
Baixou-se e apanhou a moeda.
Voltou a guardá-la no bolso e respirou fundo.
Subiu os degraus que o separavam da porta e tocou à campainha.
A moeda já lhe dera a sua resposta.
- Maria ? Sou eu.

( Boa semana... e felicidades )

André disse...

Tudo bem que o rapaz até que tem jeito para a coisa e tal, mas dai a ser o maior génio da musica portuguesa... Ou então é por que não conheces um jove de seu nome Marco Paulo. (Inculta pah!)

MariaMil disse...

Bem... de que é que estás à espera?!

*

Ana disse...

E ele vai voltar. E um autógrafo lhe vais sacar! ;-D