Eram cerca das 20H, recebi um telefonema. "Já estamos no hospital."
Corri que nem uma louca. E corri literalmente, que nem carro, nem carta tinha na altura. Bons velhos tempos, é o que era...:D
Esperei. Ele vinha cá abaixo de vez em quando, desabafava. "a tua irmã já me está a irritar, as enfermeiras dizem para ela não fazer força e ela só faz força." "se fosses tu já tinhas desmaiado, oh cromo.", respondia-lhe eu.
A verdade é que o tempo ia passando e eu deixei de receber noticias. Quem me ia fazendo companhia era o segurança, homem que toda a gente detestava e falava mal. Comigo foi impecável.
Já perto da meia-noite, e vendo o meu desespero total, telefona lá para cima, para tentar saber noticias.
"Olhe, afinal já nasceu."
Eu dei um pulo. Nesse mesmo instante o meu cunhado aparece, sorriso de orelha a orelha. "Queres vê-la?"
"Posso?"- Até me faltava o ar, a voz, o coração pulava, acelerado.
Subi as escadas, a enfermeira veio ter comigo, com uma voz e gesto super antipático: "Tem que ser breve, aqui são horas de descanso, não é para agitação."
Entrei no quarto, a minha irmã lá estava, serena, com a bebé a choramingar (ainda hoje não sabe chorar). Dei um beijo à minha irmã, nunca lhe tinha dado um beijo assim, com tanto amor, com tanta gratidão, porque as palavras me faltavam. Cheguei perto da bebé, encostei o meu dedo à sua bochecha, e ela parou de choramingar, e ficou assim, serena, perto de um sono calmo e profundo.
Virei costas para me ir embora, e ouço a enfermeira a dizer. "Disse para não se demorar, mas também não era preciso ser tão rápida."- Olhei para ela e sorri.
Chego novamente perto da bebé, dou-lhe um beijinho, e o cheiro dela fica entranhado em mim. E era tão bom, tão bom... Será que vai gostar de mim? Era o que mais me preocupava, acreditem.
E foi o dia mais feliz da minha vida. Outros sobrinhos se seguiram a ela, mas a primeira vez que fui tia foi a que mais me marcou. E é tão bom...
9 anos depois posso-vos dizer que sim, que ela gosta de mim, que me adora, que precisa de mim.
9 anos depois está uma pré-adolescente linda, de coração enorme, simples, amiga, e uma preguiçosa do caraças...:D
É o meu amor, o meu anjo, o meu sumo de maracujá, a minha princesa de olhos lindos e sorriso maravilhoso.
Poderia ficar aqui eternamente a dizer quanto orgulho sinto nela, que mesmo a eternidade não seria suficiente.
E tenho medo de me esquecer de lhe dizer todos os dias que a amo.
Parabéns ao anjo mais lindo que Deus alguma vez se lembrou de colocar na Terra!
Corri que nem uma louca. E corri literalmente, que nem carro, nem carta tinha na altura. Bons velhos tempos, é o que era...:D
Esperei. Ele vinha cá abaixo de vez em quando, desabafava. "a tua irmã já me está a irritar, as enfermeiras dizem para ela não fazer força e ela só faz força." "se fosses tu já tinhas desmaiado, oh cromo.", respondia-lhe eu.
A verdade é que o tempo ia passando e eu deixei de receber noticias. Quem me ia fazendo companhia era o segurança, homem que toda a gente detestava e falava mal. Comigo foi impecável.
Já perto da meia-noite, e vendo o meu desespero total, telefona lá para cima, para tentar saber noticias.
"Olhe, afinal já nasceu."
Eu dei um pulo. Nesse mesmo instante o meu cunhado aparece, sorriso de orelha a orelha. "Queres vê-la?"
"Posso?"- Até me faltava o ar, a voz, o coração pulava, acelerado.
Subi as escadas, a enfermeira veio ter comigo, com uma voz e gesto super antipático: "Tem que ser breve, aqui são horas de descanso, não é para agitação."
Entrei no quarto, a minha irmã lá estava, serena, com a bebé a choramingar (ainda hoje não sabe chorar). Dei um beijo à minha irmã, nunca lhe tinha dado um beijo assim, com tanto amor, com tanta gratidão, porque as palavras me faltavam. Cheguei perto da bebé, encostei o meu dedo à sua bochecha, e ela parou de choramingar, e ficou assim, serena, perto de um sono calmo e profundo.
Virei costas para me ir embora, e ouço a enfermeira a dizer. "Disse para não se demorar, mas também não era preciso ser tão rápida."- Olhei para ela e sorri.
Chego novamente perto da bebé, dou-lhe um beijinho, e o cheiro dela fica entranhado em mim. E era tão bom, tão bom... Será que vai gostar de mim? Era o que mais me preocupava, acreditem.
E foi o dia mais feliz da minha vida. Outros sobrinhos se seguiram a ela, mas a primeira vez que fui tia foi a que mais me marcou. E é tão bom...
9 anos depois posso-vos dizer que sim, que ela gosta de mim, que me adora, que precisa de mim.
9 anos depois está uma pré-adolescente linda, de coração enorme, simples, amiga, e uma preguiçosa do caraças...:D
É o meu amor, o meu anjo, o meu sumo de maracujá, a minha princesa de olhos lindos e sorriso maravilhoso.
Poderia ficar aqui eternamente a dizer quanto orgulho sinto nela, que mesmo a eternidade não seria suficiente.
E tenho medo de me esquecer de lhe dizer todos os dias que a amo.
Parabéns ao anjo mais lindo que Deus alguma vez se lembrou de colocar na Terra!
7 comentários:
Parabéns à miuda!
É preciso mesmo ter um coração grande para ser tua sobrinha. Coração grande e muita paciência :D
Eu é que preciso de muita paciência para te aturar, isso sim!
Parabéns à piquenina :)
Parabéns à pequenota e a ti por seres uma tia tão dedicada!
;)
Acredita que me comoveu ler o teu relato. Eu também adoro os meus sobrinhos, mas não saberia colocar esse sentimento em palavras como o fizeste aqui.
Uma beijoca para ti e parabéns para a tua sobrinha!
Parabéns para a sobrinha, e beijoca para a tia babada! ;)
Bom fim de semana!
Tia babadona, é o que é?? A miúda anda de chapéu de chuva quando está contigo? Era melhor alguém preveni-la!
:))))))))))))
Enviar um comentário