sábado, 28 de março de 2009

Doação de orgãos, sim ou não?

Antes de mais, peço desculpa por andar um pouco afastada dos vossos cantinhos, mas estive uns dias sem net, e para além disso estive a semana toda a fazer o turno da noite, hoje será o último dia da semana, finalmente!

Os poucos minutos que tenho, é essencialmente para ver as noticias do dia, na net, meteorologia, visitar 2 ou 3 blogs muito importantes, entre eles alguns blogs de associações animais, e um outro blog de uma menina/mulher que já acompanhava de há uns meses a esta parte. De uma menina/mulher que se encontrava já muito doente. Mas ainda tive a sorte de a acompanhar numa fase em que ela driblava a doença de uma maneira genial, com uma força surpreendente.
Ontem chegou-nos (a nós, leitores do blog e amigos pessoais) a noticia que a Tânia não tinha conseguido vencer esta guerra. Ganhou inumeras batalhas, mas a última, a mais importante, não venceu.
E o vazio ficou. Mesmo sem a conhecer pessoalmente. Não acho estranho este vazio, habituamos-nos aos bloggers que acompanhamos, e por vezes parece que os conhecemos desde sempre.
A Tânia sofria de uma doença de coração, necessitava de um transplante urgente. Mas o coração nunca apareceu, e as complicações foram chegando. A última, foi um avc que a colocou em coma durante as últimas semanas.
Este é o link do blog da Tânia , visitem, aprendam, sorvam as palavras que ficaram, escritas por ela.

A doença da Tânia, e o acompanhamento do seu blog, foram-me fazendo ficar com uma ideia definida sobre a doação dos meus orgãos, após a minha morte.
Se antes não tinha ainda uma opinião definitiva sobre este assunto, hoje tenho, e a resposta é sim. Após a minha morte, ou se necessário ainda em vida, a doação dos meus orgão vai ser uma realidade.
A mim não me farão mais falta, mas farão falta a muitas Tânias que lutam em camas de hospitais por esse mundo fora.

Mudanças de mentalidade precisam-se, urgentemente.

A Tânia partiu, mas deixou obra feita.
Nunca serás esquecida, acredita!
A ti deixo uma vénia, por tudo o que foste.
Descança em paz, querida Snow!

7 comentários:

C.C. disse...

Oi,

Blog impressionante.

Mantenho a minha opinião já com muitos anos, que choca sempre as pessoas.

Quando morrer, quero que me tirem tudo o que tenho e que esteja a funcionar e o resto quero que seja cremado. Tratem-me bem enquanto estou vivo, pois quando morrer acreditem que me vai ser indiferente se choram por mim ou não.

A primeira vez que disse isto tinha 18 anos... foi dito num contexto especial, mas mantenho a ideia.

Pronúncia disse...

Mel, por tua causa fui ler o último texto da Tânia. É uma lição de vida, daquelas com letra grande e, que pelo menos a mim, nos fazem parar para pensar. Também eu quando morrer quero que aproveitem tudo aquilo que é meu, mas possa servir a alguém.

De vez em quando precisamos de uns abanões, para agradecermos o que temos. Por isso, obrigada por teres partilhado...

Ana disse...

Quando tiver coragem, vou ao blog da snow... :(((((((( detesto finais tristes :((((((((((

detesto a morte, não suporto essa coisa nojenta que tira as pessoas de nós.

E, sim, tens toda a razão: quero que os meus orgãos, qd me for (embora eu vá pontapear a morte sem do nem piedade) possam ajudar alguém, se puderem. O resto, crematório. Não quero ir para uma gaveta fria.

Mulheka disse...

Nunca tive dúvidas em relação à doação de orgãos. Não me vão fazer falta mesmo!!!

E quero ser cremeda. Caixão, enterro, para quê? Obrigar os outros irem de tempos a tempos mudarem-me as flores? Chorarem junto da minha campa? Não quero nada disso. Cremada e atirada ao mar selvagem da Ericeira. É isso que quero!!!

Rafeiro Perfumado disse...

A minha jove contou-me ontem sobre a Tânia, mas ainda não tive coragem para ir lá. Quanto à doação dos órgãos, não vejo grande problema, apesar de esperar usá-los até à última. Beijo.

André disse...

Sobre esse assunto sempre tive a certeza que iria doar os órgãos quando fosse desta para melhor ou mesmo em caso de necessidade ainda em vida. Faz parte de cada um ajudar o próximo, ainda mais com algo que não nos fará mais falta.

maria inês disse...

Sem palavras!